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Casos de doença arterial periférica aumentam 23,5% em dez anos24 de agosto de 2015

O problema está relacionado ao aumento da expectativa de vida da população mundial
A doença arterial periférica, que prejudica a circulação do sangue nas pernas, atinge 23,5% pessoas a mais hoje do que há dez anos.
O número de pessoas no mundo com doença arterial periférica - problema causado pela obstrução das artérias das pernas e que provoca a diminuição do fluxo sanguíneo na região - aumentou em 23,5% nos últimos dez anos. Segundo um estudo publicado na última quinta-feira, na revista médica The Lancet, 164 milhões de indivíduos sofriam com a doença em 2000. Esse número saltou para 202 milhões em 2010. Essa é a primeira vez que pesquisadores fazem uma estimativa global da doença.

DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
A doença arterial periférica, ou insuficiência vascular periférica, acontece quando há uma obstrução nas veias das pernas, comprometendo a circulação sanguínea. De acordo com o cardiologista Raul dos Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o problema pode em muitos casos não apresentar qualquer sintoma, mas também pode evoluir para quadros muito graves, com a necessidade de amputação de algum membro.
"Alguns dos sintomas incluem a mudança de cor na pele da perna, que pode ficar branca ou arroxeada, além de sensação de cansaço e formigamento nos membros", disse o médico ao site de VEJA.
Os principais fatores de risco para o problema são tabagismo e diabetes - mas o envelhecimento, obesidade, hipertensão, colesterol alto e sedentarismo também estão ligados à doença. De acordo com Santos, a doença arterial periférica aumenta o risco de problemas cardíacos, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Caminhar é uma forma de ajudar a tratar o problema, pois melhora a circulação das pernas. Cirurgias, como a angioplastia, também podem ser indicadas dependendo do caso.
Segundo os autores do estudo, o aumento da expectativa de vida da população mundial pode ajudar a explicar o crescimento de casos dessa doença. Entre pessoas com mais de 80 anos de idade, por exemplo, o número aumentou 35% nesse período de dez anos. Hoje a condição afeta um em cada dez indivíduos de 70 anos e um em cada seis com mais de 80 anos, mostrou o levantamento.
Na opinião do cardiologista Raul dos Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), além do envelhecimento da população, o aumento do número de pessoas com diabetes e o diagnóstico cada vez mais precoce também podem ajudar a explicar o crescimento da doença arterial periférica. O diabetes, junto com o tabagismo, aumenta ainda mais o risco de desenvolver a doença.
Fonte: Revista Veja

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